Os satélites de comunicação são do tipo GeoEstacionários. O nome vem da característica de sua órbita que se ajusta à velocidade de rotação da Terra ficando como que posicionados sempre sobre um ponto fixo do planeta. Para um observador localizado no planeta Terra, a impressão que se tem é a de que o satélite está parado no espaço.
Para que o satélite entre em órbita terrestre ele precisa ser lançado a uma velocidade superior a 28.800Km/h para vencer a atração gravitacional. Com essa velocidade e em um órbita localizada a 36.000 Km sobre o Equador, ele permanecerá em uma órbita geoestacionária.
A função do satélite é a de atuar como um repetidor de sinais gerados em terra. Os sinais são detectados, filtrados, repolarizados, amplificados e transmitidos de volta à Terra. A energia para seu funcionamento vem de baterias alimentadas por células solares que alimentam os circuitos repetidores de sinal chamados de transponders.
As frequëncias de transimissão mais utilizadas para a comunicação via satélite são as bandas C e Ku. As difenças entre essas bandas se dão nos seguintes itens:
frequëncia de uplink - para a transmissão de sinais da terra para o satélite;
frequëncia de downlink - para a transmissão de sinais do satélite de volta para a terra;
frequëncia da portadora do transponder para a modulação do sinal
A Banda C tem frequëncias de uplink de 5,850 a 6,425 GHz e de 3,625 a 4,2 GHz para downlink. O transponder típico de banda C tem 36 MHz de largura de banda. Requer antenas maiores, mas é menos afetadas pelas interferências causadas pelas chuvas.
Na Banda Ku, as frequëncias de uplink variam de 14,0 a 14,5 GHz e de 11,7 a 12,2 GHz para downlink. O transponder típico de banda Ku tem 27 MHz de largura de banda. Por permitir o uso de antenas menores, é a mais popular internacionalmente. Recentemente passou a ter maior aceitação em países tropicais, como o Brasil.
As aplicações mais indicadas para a comunicação via satélite são as que envolvem um dos seguintes aspectos:
Transmissão de um único sinal para uma ampla área geográfica. São típicas desse modelo as transmissões de TV e rádio via Satélite;
Integração de localidades remotas e sem infraestrutura terrestre de telecomunicações. Nesse modelo se enquadram destinos como canteiros de obras, campos de mineração e propriedades rurais.
Necessidade de mobilidade e agilidade na instalação, tipicamente em soluções rápidas e temporárias, ou de uso ocasional. Nessa situação se enquadram a cobertura de shows, noticias e eventos móveis.
A estacão terrestre mais popular que existe é a VSAT, abreviatura para Very Small Aperture Terminal, que usam antenas que variam de 0,90 a 2,50 metros de abertura.
Um rede VSAT é composta por um número de estações VSAT e uma estação principal chamada de Hub Station. A estação Hub possui uma antena maior e se comunica com todas as remotas, coordenando o tráfego para elas. A hub também pode servir para interligar redes VSAT.
As redes VSAT podem ser da topologia estrela, na qual as estações somente se comunicam com a hub, ou na malha, na qual as estações remotas podem se comunicar entre si. Caso uma remota em uma rede em estrela precise se comunicar entre si, elas usam a hub como intermediária, em um duplo salto.
Um salto de satélite é o percurso do sinal de uma remota ao satélite e seu retorno à hub ou a outra VSAT. A cada salto de satélite há um atraso na transmissão chamado de delay. Quanto mais saltos, maior o delay.
Fisicamente, uma VSAT é composta pela antena parabólica e o rádio transmissor e receptor, que ficam insatalados em ambiente externo, e um terminal de satélite, que agrega um roteador e que controla os sinais de comunicação.
Caso vocë deseja mais informações sobre comunicação via satélite, e mais especificamente sobre Acesso à Internet em Banda Larga Via Satélite, entre em contato conosco.